quinta-feira, 18 de março de 2010

Neoliberalismo na educação

A teoria do Capital Humano teve raiz e base de sustentação marcada pelo crescimento econômico, pelo fortalecimento dos estados e na conquista do pleno emprego. A crise da Era do Ouro do capitalismo contemporâneo e o seu estrondoso desmoronamento a partir dos anos 1970 marcaram uma alteração substantiva na função econômica atributiva á escolaridade (SANFELICE, pag. 47. 2005).

A partir desse período a teoria do Capital Humano consagrou a escola como principal âmbito de formação para o emprego. Com isso a expansão dos sistemas escolares nacionais tem sido produtos, em certos sentido da promessa da escola como entidade integradora, ou seja, como principal responsável pelo processo de democratização (como um poderoso dispositivo institucional de interação social).

A degradação dos trabalhadores em educação não é uma exceção no cenário brasileiro atual. O conjunto das classes trabalhadoras brasileiras tem vivido desde a implantação do modelo capitalista neoliberal, a degradação de suas condições de vida e de trabalho. Esse modelo capitalista tem reservado para os trabalhadores do setor privado o desemprego crescente e prolongado, o emprego informal, sem direitos e mal remunerado, a redução ou supressão de direitos e o declínio da média salarial. Muitos desses sinais dos novos tempos já são amplamente visíveis no ensino privado. No setor público, o arrocho salarial, já antigo, foi reforçado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, a precariedade foi implantada pela Reforma Administrativa e a insegurança pelo terrorismo previdenciário das sucessivas reformas, oficiais e oficiosas, da previdência. As más condições de vida e de trabalho no setor da educação, apesar de suas especificidades, fazem parte, portanto, de uma situação geral vivida pela grande maioria dos trabalhadores brasileiros. (ARNALDO BOITO JR., 2002).

Com base no que se foi estudado o Capital Humano pode ser considerado como a soma dos investimentos de um indivíduo em aquisição de conhecimentos e que a qualquer momento reverte em benefícios econômicos para o próprio uso (Ex: na posse e procura de melhores empregos e vantagens consideráveis na aquisição de novas aprendizagens para o mercado de trabalho). Este capital, diferentemente do capital econômico, não pode ser roubado ou transferido, vindo acompanhar o individuo por toda a vida disponibilizando de alguma forma influencia de sua trajetória social e econômica.


Prof. Pedagogo Daniel F. Barros