Durante muito tempo o Brasil tentou mostrar ao mundo um status ideológico de desenvolvimento, mas a verdade é que Brasil ainda possui um déficit enorme em meios de seu desenvolvimento, principalmente ao que diz respeito à educação brasileira.
O objetivo da história é iluminar o passado para entender o presente e construir o futuro. Uma sociedade impossibilitada de estudar e analisar sua história, não consegue entender a si própria. E, nesse caso, não está apta a construir o futuro de forma estruturada. Uma visão que não leva em conta as lições do passado conduz a soluções igualmente imediatistas. Nossos problemas têm raízes profundas, que às vezes remontam a trezentos ou quatrocentos anos atrás. Isso não significa que o Brasil esteja eternamente condenado à corrupção ou a repetir os vícios do passado. Qualquer país pode evoluir e melhorar contanto que antes este procure entender a origem de seus presentes problemas. Nesse quadro, investir em educação é absolutamente fundamental. Só uma sociedade instruída e bem educada consegue entender a própria história – com seus defeitos e suas virtudes.
A sociedade brasileira tende atentar para estas observações, pois é através de um estudo baseado na historia de um determinado fenômeno, onde esta encontrará respostas e soluções para muitos problemas que hoje são enfrentados. Por isso é tão importante entender a historia e não tão somente a historia, mas sim aquela que aborda o desenvolvimento da educação. A educação de hoje, se administrada com base nas reflexões históricas (acontecimentos – desenvolvimento – marcos – datas – governos – independência, etc.) resultará em um futuro promissor e em um desenvolvimento muito mais validado – sustentável e não tão ideológico.
Uma pesquisa mostra que para os brasileiros
tudo vai bem nas escolas. Mas a realidade é
bem menos rósea: o sistema é medíocre
A diferença entre os resultados apresentados por escolas públicas e particulares do Brasil são sempre difíceis de compreender. Por um lado, parece normal se esperar que estudantes de escolas particulares sejam mais produtivos ou mais preparados que aqueles de escolas públicas. Por outro, está bastante claro que o Brasil continua longe de conseguir se nivelar aos países mais avançados, nesse quesito da educação, seja ela pública ou particular.
Talvez seja lógico imaginar que existe maior produtividade no sistema privado de ensino; isso parece ser um concenso, mas também é evidente que existe um número gigantesco de alunos mal aproveitados dentro da rede estatal. É mais que certo que existem muitos talentos e mentes brilhantes que não são otimizadas ou bem desenvolvidas na rede pública de ensino infantil.
A discussão desse assunto merece mesmo toda a atenção do povo brasileiro. Para se ter uma idéia do quanto precisamos avançar, observe que o Brasil está em 52º lugar em ciências e em 53º lugar em matemática em uma lista de apenas cinquenta e sete países. Esses são resultados de uma pesquisa que englobou alunos provenientes das duas redes.
Estamos entre os piores países na área da produção de conhecimento e sabe por quê? Acompanhe: a cada dez estudantes que chegam ao fim da 8ª série, seis saem sem saber interpretar um texto ou efetuar operações matemáticas simples, e isso, repito, envolve todos os alunos do Brasil.
Essa descoberta faz qualquer pessoa ficar surpresa! Pois, se o ensino público precisa melhorar, e isso é inegável, provado está que o ensino da rede particular também está muito abaixo dos países desenvolvidos! E o que mais agrava essa realidade é que, segundo pesquisas recentes, professores, pais e alunos se mostram muito satisfeitos com o ensino das escolas brasileiras. É isso mesmo: enquanto aparecemos nos últimos lugares em rankings mundiais da educação, tá todo mundo achando que estamos no caminho certo!
Certo mesmo, é que a criança brasileira não recebe os investimentos corretos para crescer intelectualmente, e após formada, produzirpara o seu país. Enquanto na Inglaterra a melhor escola infantil ou básica é a pública, no Brasil, verifica-se que a mesma é uma verdadeira sucata. E será que a nossa escola particular pode se gabar de estar numa situação muito melhor que a pública? Baseando-se na média dos resultados apresentados no cenário internacional, não. O fato é que os ingleses pobres e ricos estudam na mesma escola, pois lá não existe escola básica melhor que a pública. O mesmo acontece na Finlândia, Suécia e Alemanha, onde os professores não reclamam de salários, são respeitados e tomados como modelos. Esses países mostram que não se pode alcançar o desenvolvimento sem impor um bom nível à educação. Conseguir colocar todas as crianças na escola, não significa atingir crescimento econômico e social. É o zelo pela qualidade que pode nos trazer esses resultados para que as crianças sejam, de fato, o futuro do Brasil e, se pra tanto tivermos que copiar modelos de sucesso que assim se faça. Não há mal nenhum nisso!
Cabe a todos nós cobrarmos maiores e melhores investimentos sobre as crianças brasileiras e que a imprensa se dê conta do quanto ela é importante para auxiliar o Brasil nesse sentido.
PAULO HENRIQUE PINHEIRO JACOBINA SANTOS
PROFESSOR LICENCIADO - UNEB
MESTRANDO EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - UMA
GRADUANDO EM DIREITO - FAT
GRADUANDO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE – UNISA
GRADUANDO EM GEOGRAFIA - UEFS