sábado, 14 de novembro de 2009

Civilização Egípcia

Os egípcios tinham o rio Nilo como fonte de vida, já que eles viviam basicamente da agricultura. De junho a setembro, no período das cheias, as fortes chuvas inundavam o rio cheio; este transbordava e cobria grandes extensões de terras que o margeavam. Essas águas fertilizavam o solo com a matéria orgânica que traziam e que se transformava em fertilizante de primeira qualidade. Além de fertilizar o solo, o rio trazia grande quantidade de peixes e dava chances a milhares de barcos que navegavam sobre as águas fluviais.

SOCIEDADE

No Egito, a sociedade se dividia em algumas camadas, cada uma com suas funções bem definidas. A mulher, ao contrário da maioria das outras civilizações da antiguidade oriental, possuía posição avançada, podendo ocupar altos cargos políticos e religiosos, estabelecendo relativa igualdade com o homem.

A sociedade egípcia era heterogênea, dos quais se destacam 3 ordens principais:

  • Faraó e sua família;
  • Nobreza (detentora real das terras), Escribas (burocratas) e o Clero (sacerdotes);
  • Felás (camponeses, trabalham presos a terra e em obras públicas);

Cabe lembrar que entre a segunda e a terceira camada, havia ainda pequenos artesãos, militares, o baixo clero, e comerciantes incipientes que não bem representavam uma nova camada, mas indivíduos sem ordenação política, dependente dos superiores.

CULTURA

Durante a antigüidade, a cultura egípcia era o conjunto de manifestações culturais desenvolvidas no Antigo Egito.

Os egípcios foram um povo de profundas crenças religiosas. Isto teve importância na formação de sua civilização e organização social. Adotaram o politeísmo (crença em vários deuses). Desde os tempos mais antigos, os egípcios adoravam numerosos e estranhos deuses. Os primeiros foram animais e cada pessoa tinha o seu animal-deus que a protegia. Adoravam gatos, bois, serpentes, crocodilos, touros, chacais, gazelas, escaravelhos, etc.

Entre os animais adorados, o mais famoso foi o boi Ápis que, quando morria, provocava luto em todo o Egito e os sacerdotes procuravam nos campos um substituto fisicamente igual a este deus bovino. Acreditavam que um deus poderia se encarnar em um animal vivo.

O rio Nilo, com suas enchentes periódicas, e o vento quente do deserto, que destruía as colheitas, eram adorados como forças da natureza.

Os egípcios acreditavam na vida após a morte (ressurreição), por isso prestavam culto aos mortos (cerimônias fúnebres). Cada localidade tinha seus próprios deuses, com diferentes aspectos, sendo alguns parte homem e parte animal (geralmente corpo de homem e cabeça de animal – antropozoomorfismo).

Obs.: Há determinadas características que caracterizam as formas de representação de um Deus. De forma didática, temos as seguintes caracterizações:

  • Zoomorfismo: Feições ou formas de animais;
  • Antropomorfismo: Caracterização de Deus com aspectos humanos;
  • Antropozoomorfimos: Fusão das anteriores;

Os egípcio acreditavam que o ser humano era formado por Ká (o corpo) e por Rá (a alma). Para eles, no momento da morte, a alma (Rá) deixava o corpo (Ká), mas ela podia continuar a viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá (DEUS). Isso seria possível somente se fosse conservado o corpo que devia sustentá-la. Daí vinha à importância de embalsamar ou mumificar o corpo para impedir que o mesmo se descompusesse. Para assegurar a sobrevivência da alma, caso a múmia fosse destruída, colocava-se no túmulo estatuetas do morto.

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